quinta-feira, 9 de julho de 2009

Bem,

eu resolvi fazer esse blog para deixar registrado toda minha jornada em busca de um desejo que é ser Au pair e tudo que essa nova vida pode me oferecer. Muitos foram os motivos que me levaram a essa decisão de buscar algo tão diferente em outro país. Não foi uma decisão carregada apenas de sonhos mas sim de algo chamado necessidade. Uma necessidade de fazer minha vida valer a pena, necessidade de buscar novos motivos que me fizessem ter alegria para viver, necessidade de amadurecer em determinados aspectos, necessidade de crescer. Todos me dizem que existe um momento na vida que passamos por provas, por desafios e é o resultado deles que nos mostra o caminho que nossa vida vai seguir. Existem momentos na vida que precisamos arriscar, precisamos buscar nossos ideais e objetivos dando o todo de nós mesmos e não apenas partes deixando um pedaço de nós que fica preso a costumes, cotidiano e comodismo. Creio que chegou a minha hora. Às vezes precisamos desistir de algumas coisas para conquistar outras, abdicar delas para poder conseguir o que realmente achamos que nos fará feliz. Esse processo pode acontecer normalmente ou de forma dolorosa, apenas nós podemos fazê-lo da melhor forma possível. É difícil até admitir que teremos que escolher e portanto perder algo, mas é o que se faz quando se tem sonhos e objetivos. A nossa vida é feita de escolhas e é exatamente que eu escolhi ser agora, mesmo que isso implique em algumas perdas. Alguns dizem que é loucura deixar pra trás família, faculdade, amigos e uma vida plena, para esses eu digo que possa ser que eu quebre a cara lá na frente mas a culpa de não ter tentado eu não vou carregar. Eu quero é viver e não apenas existir, eu quero ousar, vencer meus limites, passar por desafios, crescer.

Existe muito mundo no mundo e eu não quero ficar só aqui, os Estados Unidos só vai ser um passo da longa caminhada que planejo, mas esse planos prefiro guardá-los para mim por enquanto, o futuro é ainda tão incerto que não sei para aonde a maré vai me levar. Mas de uma coisa estou certa: sou capaz de tudo que eu desejar, Deus me deu dois braços, duas pernas e a vida. Vontade de viver, garra e determinação não me faltam, então mãos a obra que só está começando.

Dia 23/07 (quinta-feira) eu tinha voltada da minha casa de Aldeia após ter passado uma parte do feriado de são joão com a família e estava no apartamento em Recife sentada na minha cama pensando sobre a vida e as peças que elas sempre nos prega a cada dia que passa. A idéia de passar uns tempos fora, esparecer e conhecer coisas novas já morava em minha mente fazia muito tempo, a vontade de bater as asinhas e ganhar o mundo era algo que estava presente em minha cabeça no cotidiano. Não tão de repente, mas de forma firme, decisiva e determinante escolhi um caminho a trilhar. Essa noite demorou a passar, a cada momento minha cabeça planejava e arquitetava todo um projeto dentre possibilidades que para mim pareceram ser tão alcançaveis que por momentos achei que tudo fosse desvaneio e apenas idéias precipitadas. Logo fui tomada pela razão, determinação e fé que tudo é possível e continuei meus planejamentos.

Dia 24/07 (sexta-feira) 2 horas da manhã, 3 horas, 4 horas e Amanda buscava todas as informações na internet e pensava, pensava... 5 horas, 6 horas e não fechei os olhos em momento algum. Tomei banho, café da manhã esperei dar 9 horas da manhã e fui para a agência Experimento, de indicação de uma amiga já Au Pair no EUA, e procurei saber cada detalhe para me manter ao máximo informada e falar algo plausível para minha mãe que ainda estava em Aldeia. A tarde liguei para ela e adiantei mais ou menos o assunto. De fato, sua reação foi coerente para uma primeira injeção de novidades "Tá, Amanda... Depois a gente conversa sobre isso" e não deu muita importância para o que dizia.

Dia 25/07 (sábado) minha mãe ligou e para meu espanto ela quis saber quais eram meus planos. Expliquei por alto as novidades mas na medidade certa para ela ir pensando e se adaptando a idéia.

Dia 26/07 (domingo) minha mãe volta de Aldeia e então conversamos sobre o assunto e expliquei tudo com calma e consegui dela um "Okay, amanhã vamos na agência para eu me informar melhor". Já foi um bom começo...

Dia 27/07 (segunda-feira) fui pega de surpreza pela manhã pela minha mãe com suas indagações afirmando que era uma decisão precipitada e arriscada. Tive a maior paciência do mundo e expliquei cada motivo que me fez chegar a essa decisão, foram tantos e todos tiveram de fato verdades e razões. Ela me entendeu perfeitamente e abraçou meus sonhos comigo. Antes de irmos para a agência decidi ligar para meu pai e pedi que vinhesse até minha casa para conversarmos. Para surpreza dele, acredito eu, não pedi permissão para ir ou não, avisei. Acho que tem decisões nas nossas vidas que só cabem a nós mesmos tomar e/ou as pessoas que caminham lado a lado com a gente interferir. Pedi uma opinião e ouvi "É precipitado e o mundo que você busca é irreal, pise no chão e viva sua realidade. Mas você que sabe das suas escolhas tenho nada a ver com elas". Não foi uma resposta agradável, mas previsível. Então surgiu um novo e mais forte motivo para tudo, provar que o mundo não se limita nessa pequena vida que nos cerca, que o que eu busco é tão real que vai ser nesse mundo que vou construir alguns capítulos da minha história. Então fui com minha mãe na agência e enfim assinei o contrato. Nunca assinei algo com tanta certeza como aquele papel que era apenas o começo de uma jornada. Quando chegamos em casa e enfim caiu a ficha e pensei "Vale apena deixar tudo isso pra trás? Que futuro incerto estou buscando, meu Deus..." e ouvi algo que jamais vou esquecer da minha mãe "A gente cria os filhos para o mundo, Amanda. Vá e busque seus objetivos, mas se não der certo volte, você vai ter sempre para onde voltar. Mas acredite, você é capaz". Isso bastou para tudo voltar a ter sentido novamente.

Em uns dias seguintes busquei uma creche para cumprir as 200 horas de experiência com crianças exigidas pelo programada e encontrei uma na Madalena onde acertei para começar meu voluntariado dia 06/07 (segunda-feira). Por incrível que pareça, pode ser conhecidência ou não, no dia 05/07 (domingo) a noite, uma pessoa muito especial para mim da Turquia me mostrou uma músiva muito bonita que falava sobre sonhos e então desejou perseverança nos meus objetivos, disse que não seria fácil a jornada e eu teria que aprender muitas coisas, mas se alguém me fechasse as portas eu mantesse minha cabeça erguida, agradecesse mesmo assim e buscasse outras portas, e que estaria sempre comigo para me apoiar.

Dia 06/07 (segunda-feira) acordei bem cedo, por um momento pensei em desistir de ir pois chovia muito. Levantei da cama, fui tomar o banho com o som ligado e para alegrar meu dia a mesma música que o Turco me mandou tocou no som para minha surpreza. Então sai de casa e fui para minhas obrigações, peguei a maior chuva e fiquei toda ensopada. Chegando na creche qual a minha surpreza? Deu uma crise de aminésia na diretora e ela disse que não tinha acertado nada comigo e no momento não precisava de voluntárias. Argumentei mostrando o papel que ela mesmo tinha anotado os meus horários de trabalho e ela contrapôs dizendo que realmente não lembrava de ter combinado nada. "Okay, muito obrigada de qualquer forma e tenha um bom dia" foram as minhas palavras. No caminho para a parada de ônibus o sentimento de abandonar tudo voltou em meus pensamentos "Aonde foi que eu errei? Por que essa porta se fechou, meu Deus? É um sinal para desistir de tudo?". Meu ônibus chegou e entrei. Ao me sentar na cadeira começou a tocar na rádio do ônibus, por incrível que pareça, a mesma música que o Turco me mostrou e que também tinha tocado naquela manhã quando tomava banho. Nesse mesmo momento lembrei de suas palavras "Se fechar uma porta não desista, busque outra". Quando cheguei em casa liguei para uma creche em Boa Viagem aonde fui atendida com muita simpatia ao telefone e acertei para ir lá conversar. Quando cheguei nessa creche fui muito bem recebida por uma senhora chamada Normândia que logo me acolheu e deu uma chance para o meu sonho. Deixou claro que iria me aceitar mas que teria que fazer valer a pena a chance e ter responsabilidades, nada que eu já não tivesse mais que firmado em minha mente. Naquele mesmo momento senti Deus perto de mim me aparando e mostrando que aquela porta fechada anteriormente foi só uma forma dela colocar na minha vida um anjo, Normândia.

Hoje, 09/07 (quinta-feira) após meu 3º dia de trabalho na creche me sinto muito feliz. Todos de lá me recebem muito bem, tem paciência para me ensinar as coisas e é realmente prazeroso cuidar daquelas crianças. Não que não esteja sendo difícil, tenho que aprender muitas coisas e estou me empenhando ao máximo para cumprir minhas obrigações e responsabilidades. Para quem sempre acordava de meio dia e andar de táxi, passar a acordar 5h40, pegar dois ônibus para chegar ao estágio, pegar mais dois para voltar embaixo de um sol quente, engolir o almoço rápido e correr para as aulas na auto-escola, acredito que já estou amadurecendo em alguns aspectos. Ao fim do dia estou exausta mas reservo uma pequena parte do tempo para falar com algumas pessoas importantes e o restante desse tempo eu só quero é descansar e dormir. Mas tudo isso faz parte, estou muito feliz e satisfeita com as decisões que tenho tomado. Vou fazer a matrícula do 2º período e continuar meu curso na facul e meu cursinho de inglês normal, até preencher todos os requisitos do programa, finalizar meu dossiê e encontrar uma família legal. Por hoje é só.




Ser Au Pair porquê?

Basicamente, porque você não tem muita grana, curte crianças e tá afim de conhecer a cultura de outro país. Motivos particulares variam: não aguenta mais estudar inglês no cursinho e acha que tá na hora de falar fluente, quer ter a chance de estudar numa universidade renomada no exterior.

Independente do motivo você vai passar por experiências muito parecidas: se você conhece alguém que é Au Pair, é um começo. Se essa pessoa tem um blog com certeza você vai achar outros blog relacionados. Até que você cai no orkut e em uma das duzentas mil, quatrocentos e sessenta e nove discussões ( and counting...) sobre como ser Au Pair. E aí? Por que mesmo? Porque é difícil pra caramba mas você acredita que é capaz; Porque é estressante ao extremo mas você acredita que pode superar;P porque ficar um ano sem pai, mãe, avós, amigos é deprimente, mas você acredita que um ano passa rápido.

Quem é au pair sabe:

- Resolver seus problemas sozinha

- Controlar sua própria grana-

-Achar soluçoes para problemas que parecem impossíveis

- Planejar o futuro

- Fazer amigos em qualquer lugar

- Dar valor à familia

- Dar valor ao trabalho duro

- Que a vida não é fácil, nem no Brasil, nem em qualquer lugar do mundo

Quem é au pair aprende:

- Que se você não fizer, ninguém vai fazer por você

- Quem tem boca vai à Roma

- Um emprego só nem sempre é suficiente

- O jeito brasileiro é muito valorizado, só precisa-se tirar proveito disso

- Se comportar bem na casa dos outros é a chave para o sucesso

Quem foi au pair volta:

- Mais forte
- Mais decidida

- Mais madura

- Mais confiante

- Sabe fazer planos a longo prazo porque sabe que o tempo voa

- Sabe cuidar da sua vida (vai morar sozinho, vai resolver seus problemas)

- Sabe que agora o mundo é seu, e se der vontade de ir embora, o mundo lhe espera.

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